A Senac Ambiental foi lançada em 1992, inicialmente com o nome Senac & Educação Ambiental. Sua criação foi resultado direto da grande visibilidade obtida pela temática da sustentabilidade a partir da realização, naquele mesmo ano, no Brasil, da Cúpula Mundial sobre Meio Ambiente da Organização das Nações Unidas (ONU), a Rio-92. Em 2012, a revista ganhou seu nome atual.
De periodicidade semestral, a publicação apresenta reportagens exclusivas que abordam sustentabilidade, ecoturismo, saúde, educação ambiental, biodiversidade, qualidade de vida, identidade cultural e populações tradicionais, entre outros assuntos.
Antes que o céu desabe
Falamos sobre a reação de povos tradicionais ao novo coronavírus e o temor de que o desequilíbrio ambiental traga novas pandemias. Embarcamos também em uma expedição pelo rio Jari, entre Amapá e Pará, acompanhando o dia a dia de castanheiros. Contamos a história do Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Mostramos a atuação de grupos que se dedicam a fomentar práticas sustentáveis em grandes cidades. E, por fim, fomos conhecer a natureza e a cultura de Cabo Verde, no continente africano.
Elo entre dificuldades e soluções
A Política Nacional de Resíduos Sólidos completa uma década, mas o país perde em torno de R$ 8 bilhões por ano que poderiam ser gerados com reciclagem – sem mencionar o prejuízo para catadores e suas famílias. Falamos deles nesta edição, em que visitamos o extraordinário Sítio Burle Marx, onde o maior paisagista brasileiro abrigou mais de 3,5 mil espécies de plantas. Apresentamos também o sistema de reúso de águas cinzas (aquelas usadas no banho e na lavagem de roupas) no sertão pernambucano, mostramos como funcionam os sistemas agroflorestais e retratamos a Festa da Boa Morte, linda tradição do Recôncavo Baiano.
Um certo olhar
Usando modernas máquinas fotográficas, os índios ashaninka do Alto Juruá, no Acre, revelam ao mundo sua identidade e seu modo de vida. Vemos ainda o dia a dia das quebradeiras de coco babaçu, no Maranhão, e a coleta de sementes, atividade sustentável de geração de renda para várias comunidades no Pará. Também da natureza vem uma opção alimentar de alto potencial nutricional: as plantas alimentícias não convencionais. E a beleza quase intocada da Restinga de Marambaia, no Rio de Janeiro. Discutimos, por fim, as possibilidades de expansão do mercado de veículos elétricos em meio à crise dos combustíveis fósseis.
Esperança azul
Considerada extinta em seu habitat natural, a ararinha-azul tornou-se o centro de uma intensa mobilização pela sua reintrodução na natureza. Conferimos de perto esse projeto. E também visitamos o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), onde há três anos ocorreu o maior desastre ambiental brasileiro. Documentamos também o cotidiano das apanhadoras de flores sempre-vivas, cujo trabalho concorre a uma premiação da ONU. Conhecemos uma experiência educacional inovadora que procura preservar a cultura quilombola no Maranhão. Chegamos de barco à estação científica do centenário Museu Emílio Goeldi, no meio da floresta paraense. E passeamos pelo Parque Nacional do Jalapão, com seus tons de dourado incomparáveis.
É crime!
O trabalho análogo ao escravo é um drama brasileiro de graves impactos humanos e ambientais. Nesta edição, vemos que esses crimes estão em alta. Trazemos ainda a beleza de aves migratórias que se refugiam no Parque Nacional da Lagoa do Peixe, no RS. Acompanhamos também o encontro anual dos profetas da chuva, em Quixadá (CE). Documentamos a reintegração de espécies ameaçadas na Mata Atlântica, a ação de pajés e rezadeiras no Pará e a luta para que milhões de animais deixem de morrer em nossas rodovias.
Cadê o legado?
Os legados ambientais tão prometidos para o Rio de Janeiro por ocasião da Copa e dos Jogos Olímpicos ficaram, quase todos, no papel. Sobre isso entrevistamos o biólogo Mario Moscatelli. Também fomos à Amazônia conhecer a polêmica da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), cuja extinção foi decretada (e revogada) pelo Governo Federal no ano passado. Tratamos ainda de gestão do lixo, preservação da onça-pintada e mimetismo. E mostramos a vida das mulheres pescadoras de Santa Catarina.
Visitante incômodo
Espécies estranhas a um ecossistema e que acabam virando pragas são o assunto da reportagem de capa desta edição, que traz ainda uma entrevista com o professor José Augusto Pádua, um pioneiro no estudo da História Ambiental. Você vai conhecer também duas iniciativas bastante originais: uma de recuperação de mangue, no Maranhão, e outra de saneamento, no interior do Ceará. E finalizamos com uma visita ao Parque Nacional de Itatiaia e um panorama do novo ciclo do cacau, no sul da Bahia.
Ambiental e digital
Aos 25 anos de vida, iniciamos uma nova etapa. A Senac Ambiental deixa de ser impressa e começa a migrar para o meio digital, fiel ao seu compromisso com a sustentabilidade. Em nosso próximo número, ela já estará disponível como uma revista inteiramente eletrônica. Nesta edição, destacamos o que faz o sucesso de Inhotim, um misto de museu e parque ambiental em Minas Gerais. Também conferimos o fenômeno da ressurgência, no litoral fluminense. E mostramos o uso das cisternas no combate à seca.
Emergência
Epidemias e vírus desconhecidos vêm provocando medo na população. Nesta edição da Revista Senac Ambiental, descubra como as mudanças climáticas podem contribuir para a emergência dessas enfermidades e para o retorno de moléstias que pareciam extintas.
Conheça também o dia a dia de comunidades tradicionais como os kalungas, em Goiás, e os geraizeiros, no Cerrado mineiro (em reportagem realizada antes do rompimento da barragem de Mariana), e, na entrevista com a antropóloga Lucia Helena Rangel, saiba mais sobre as violências cometidas contra os povos indígenas.
Colapsos
Continua atual a velha marchinha que pedia para chover três dias sem parar. A crise hídrica já afeta cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, que convivem com a escassez de chuvas. Por isso resolvemos discutir o Plano Nacional de Segurança Hídrica, lançado em agosto justamente com o propósito de reduzir o risco de desabastecimento.
Outro tipo de ameaça foi o que levou um grupo de pesquisadores ao continente antártico. Nossa reportagem mostra como foi o dia a dia da expedição que investigou a influência de agentes poluentes sobre as aves marinhas da região.
Tratamos também de um colapso iminente: o do trânsito das nossas metrópoles. Conversamos com o urbanista dinamarquês Jan Gehl, que busca soluções para humanizar a vida nas grandes cidades. Confira! Tem isto e muito mais nas próximas páginas.
Sente o clima
No último ano, o desmatamento voltou a aumentar nas regiões de Mata Atlântica, o que reforça a importância de iniciativas de preservação como as Reservas Particulares do Patrimônio Natural. Mantidas por abnegados ou mesmo por empresas, essas unidades de conservação cresceram 80% nos últimos dez anos. É um trabalho que você vai conhecer melhor nesta edição.
Também falamos do semiárido brasileiro, onde algumas comunidades têm buscado alternativas para conviver com os longos períodos de seca. Elas mostram que é possível permanecer na região e assegurar um desenvolvimento sustentável.
Trazemos ainda um tema novo, a etnoclimatologia, que investiga como os povos da floresta percebem as mudanças climáticas. E também abordamos, em entrevista com o físico Heitor Scalambrini, a importância das energias renováveis diante dos desafios impostos por essas mudanças.
Uma edição especial
Tema da Conferência Nacional do Meio Ambiente, a Política Nacional de Resíduos Sólidos – transformada em lei há três anos, depois de duas décadas de negociações – estabelece princípios
e atribui responsabilidades a todos os integrantes da cadeia produtiva de bens de
consumo.
Os desafios são imensos. Por isso dedicamos ao tema boa parte desta edição. Falamos da Conferência Nacional e do fim dos lixões, analisamos a situação de catadores e profissionais responsáveis pela limpeza urbana, conversamos com Ricardo Abramovay, que é
uma das vozes mais conceituadas no debate sobre o problema do lixo.
Mas também temos lindas reportagens sobre a pesca artesanal na fronteira Brasil-Uruguai e o espetáculo de rara beleza da floração da piúva, no Pantanal.
Cidadania nas ruas
As cidades devem ser mais receptivas a quem deseja ir pra rua. O espaço público precisa favorecer a convivência, a mobilidade e a integração. E uma iniciativa chamada Cidades para Pessoas tem percorrido o mundo em busca de ideias criativas e bem-sucedidas, recolhendo um vasto material que bem pode servir de exemplo para urbanistas e gestores públicos brasileiros.
Por falar em mobilidade, conversamos, nesta edição, com o ambientalista Fabio Feldmann, que implantou o rodízio de veículos na capital paulista. Ele fala com a gente sobre o impacto das mudanças climáticas.
Essa, aliás, é a grande preocupação da China, gigante que experimentou extraordinário crescimento econômico nos últimos anos e hoje se vê diante de níveis de poluição altíssimos. Veja os passos que o governo chinês ensaia para transformar esse cenário sem abrir mão do desenvolvimento.
Documentamos ainda o universo dos chamados povos tradicionais, com sua riqueza cultural e suas peculiaridades, e a observação de grandes mamíferos no Pantanal. Você vê isto e muito mais nesta edição.
Hora de respirar novos ares
Sinais de fumaça já vemos no ar faz tempo. Mas o sinal verde que se esperava acendeu ao final da Rio+20, a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada no ano passado. Ele não veio dos chefes de Estado, mas dos prefeitos de algumas das maiores cidades do planeta.
Metas de redução das emissões de carbono na atmosfera foram acordadas entre os prefeitos de 58 metrópoles - entre as quais figuram três municípios brasileiros. Londres, que acabou de receber os Jogos Olímpicos, é uma dessas cidades - e uma das mais poluídas do mundo. Mas está tentando se transformar. Por isso fomos conhecer as iniciativas de mobilidade urbana que estão mudando os ares da capital inglesa.
Também conversamos com o premiado designer Fred Gelli para saber mais sobre design sustentável. Investigamos o impacto das pesquisas sísmicas do pré-sal sobre a fauna marinha. E mostramos que uma vacina contra a esquistossomose está sendo produzida no Brasil. Tem ainda muito mais para você. É só virar a página.
Um novo capítulo na educação ambiental
Senac Ambiental é a legítima herdeira da antiga Senac e Educação Ambiental. Um novo nome, sim, e um novo formato, agora em periodicidade semestral. Mas a mesma preocupação em oferecer a você um conteúdo de qualidade.
Essa renovação se dá no mesmo momento em que renovamos nossas esperanças no futuro com a realização da Rio+20 - a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável -, que tem a missão de tornar realidade todas as boas intenções já esboçadas há 20 anos, na Rio 92. Esse é o tema principal desta edição, que traz ainda uma entrevista com o economista e ambientalista Sérgio Besserman Vianna.
Falamos também de garimpos, do combate aos crimes ambientais, dos riscos no uso de agrotóxicos, das salinas da Região dos Lagos do Rio de Janeiro e da observação de aves, passatempo que se transformou em grande ferramenta de educação. Por fim, explicamos a ISO 26000, certificação que incorpora normas socioambientais aos processos decisórios das empresas.